Rentabilidade dos Fundos de Pensão atinge 8,44% no 1º semestre
A rentabilidade média dos fundos de pensão no primeiro semestre de 2016 atingiu 8,44%, frente a uma meta atuarial média de 8,50%, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira, 12 de setembro, pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), no 37º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, que ocorre em Florianópolis (SC). Os planos da modalidade de benefício definido (BD) tiveram a pior rentabilidade do período, com
retorno de 8,28%. Já os planos de contribuição definida (CD) aferiram ganhos de 8,66%, enquanto os de contribuição variável (CV) apresentaram valorização de 8,84%. O presidente da Abrapp, José Ribeiro Pena Neto, atribui a diferença entre os resultados ao efeito da marcação à mercado nas carteiras de renda fixa, que tradicionalmente são mais utilizados nos planos CV e CD do que nos BD.
A associação dos fundos de pensão também divulgou suas projeções até o fim do ano, nas quais prevê um retorno de 17,01% para o segmento de renda fixa, mas com três cenários possíveis para o de renda variável – em uma hipótese na qual a bolsa encerre o ano em 48,7 mil pontos, o retorno consolidado médio da carteira de investimento das fundações deve ficar em 12,93%, ante uma meta de 15,19%. Caso a bolsa alcance até dezembro os 57,3 mil pontos, então o retorno consolidado
das carteiras deve subir para 16,14%, ante a mesma meta de 15,19%; e considerando a bolsa aos 65,9 mil pontos até o final de 2016, a rentabilidade das entidades deverá ser de 19,34%, ante a mesma meta utilizada nas outras hipóteses.
Entre outras informações também divulgadas durante o congresso, a Abrapp informou que o déficit do sistema cresceu de R$ 77 bilhões em 2015 para R$ 84 bilhões em junho de 2016. Já o superávit, no mesmo período de comparação, subiu de R$ 14 bilhões para R$ 17 bilhões. A associação das entidades fechadas de previdência complementar destacou ainda os planos instituídos e aqueles voltados aos servidores públicos, que apresentaram os maiores crescimentos nos últimos meses –
os ativos dos instituídos passaram de R$ 4,5 bilhões em 2015 para R$ 5,1 bilhões em junho de 2016, enquanto os dos servidores públicos foram de R$ 770 milhões para R$ 1 bilhão.
Fonte: Agência Investidor Online
ABRAPP prevê rentabilidade média de 16,14% em 2016
Após quatro anos colhendo resultados fracos, os fundos fechados de previdência complementar devem ter rentabilidade mais alta em 2016, apoiados no juro alto do país, afirmou nesta segunda-feira a entidade que representa o setor, Abrapp. A previsão é de que a rentabilidade média do setor seja de 16,14 por cento neste ano. O nível é superior aos 15,19 por cento da chamada TJP, taxa mínima necessária para garantir a sustentabilidade dos planos. “Estamos vindo de 3 ou 4 anos ruins, esperamos voltar a bater a meta atuarial”, disse a jornalistas o presidente da Abrapp, José Pena Neto. A meta atuarial é a rentabilidade mínima necessária para garantir que os fundos conseguirão pagar as aposentadorias de todos os seus cotistas.
Fonte: Panoama Brasil
Fundo pode crescer 16% em 2016
O patrimônio das entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) poderá crescer no mínimo 16,14% em 2016, se o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, ficar acima dos 57,3 mil pontos até o final do ano. Porém, em 12 meses até junho, o patrimônio das entidades avançou apenas 7,15%, abaixo do potencial da caderneta de poupança, que, no mesmo período, obteve rentabilidade líquida de 8,40%. “Tivemos um segundo semestre de 2015 ruim na renda variável [ações]”, justificou ao DCI, o coordenador executivo da Associação Brasileira das Entidades de Previdência Complementar Fechada (Abrapp), Devanir Silva.
Na comparação com idêntico período do ano passado, o presidente da Abrapp, José Ribeiro Pena Neto, apresentou números melhores à imprensa. A rentabilidade média dos fundos de pensão atingiu 8,44% no primeiro semestre de 2016, ante 6,49% em igual semestre de 2015. “Esperamos fechar o ano de 2016 com um resultado melhor que a meta [de 15,19%]. Como se trata de fundos de pensão, a rentabilidade foi boa no longo prazo. Em 15 anos, as EFPCs registraram 635% contra 515% da taxa de juros padrão [TJP]”, comparou Pena Neto.
Esse aumento de patrimônio no primeiro semestre de 2016 – alimentado por juros elevados e valorização no Ibovespa -, contudo, não cobrirá o rombo de R$ 84 bilhões existente nos principais planos de benefício definido (BD). “Há [129] planos que estão superavitários [no positivo] e somam 16,8 bilhões”, considerou Pena Neto, no 37º Congresso dos Fundos de Pensão, realizado em Florianópolis (SC).
De acordo com os dados divulgados por ele em sua apresentação, a carteira de investimentos alcançou o volume de R$ 727,05 bilhões em junho último, ante R$ 684,9 bilhões em dezembro de 2015. Neste período, a participação da renda fixa que já era elevada (70,7% em dezembro) aumentou para 72% do total da carteira em junho para R$ 523,65 bilhões. A expansão em títulos públicos federais foi de 12,85%, enquanto os títulos de crédito privado tiveram elevação de 3,13%, e os fundos de renda fixa evoluíram 7,17%. Mesmo com a valorização dos ativos na Bolsa de Valores, a participação relativa da renda variável recuou de 18,5% para 17,7% do
total da carteira. O valor aplicado diretamente em ações caiu 1,37%, ao passo que fundos de ações avançaram 3,85% no mesmo período de seis meses.
A participação proporcional em fundos de participações (FIPs) – alguns investigados pela Polícia Federal por causa de gestão temerária ou fraudulenta – também recuou 2,5% para 2,4% do total da carteira. Essas participações em empresas ou projetos somaram R$ 17,28 bilhões em junho último, ante R$ 17,42 bilhões em dezembro de 2015.
Selo de boa governança
Depois do ocorrido na semana passada com a Operação Greenfield da Polícia Federal que investiga investimentos estruturados em quatro fundos de pensão de estatais – Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa Econômica Federal) e Postalis (Correios) – a Abrapp defendeu a apuração das irregularidades e a punição exemplar de quem cometeu gestão temerária ou fraudulenta. “Não se pode generalizar”, ponderou o presidente da associação. Com o objetivo de levar maior segurança aos 2,5 milhões de participantes ativos (contribuintes) do sistema e aos 735,5 mil assistidos (aposentados e pensionistas), a Abrapp lançou ontem o
Código de Autorregulação de Governança em Investimentos. “Não temos poder de punir as entidades. Mas criamos um selo de boa governança, se a entidade não seguir o Código, se retira esse selo”, disse.
Entre as medidas propostas pelo novo Código de Autorregulação está a realização periódica de auditorias internas, a apuração de desvios de conduta, e ferramentas de controle como a adoção de comitês de investimentos.
Fonte: Panorama Brasil