Artigo de autoria de Maurício Oliveira, assessor econômico da Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos – COPAB
Todos os principais indicadores econômicos em 2015 apresentaram comportamento negativo: PIB em queda, inflação em alta, juros em alta, desemprego em alta, dólar em alta, renda caindo e consumo também caindo. Para reverter essa péssima situação econômica o Estado brasileiro precisará equilibrar suas contas e incentivar o setor produtivo pela retomada dos investimentos.
O ano de 2016 será um ano de tentativa de solução dos conflitos políticos e da tentativa dos Poderes Executivo e Legislativo voltarem a dialogar de maneira construtiva. Isso demandará muito tempo. O Governo está sem base de sustentação política.
O Governo propõe mais impostos com a volta da CPMF para aumentar suas receitas. É preciso combater essa proposta. O Governo propõe também o aumento dos desvios de recursos através da DRU. Também devemos combater isso. A verdade é que a volta do crescimento econômico não acontecerá em 2016. O Estado está falido com um grande déficit fiscal, e a indústria está paralisada.
Enquanto as negociações políticas forem se prolongando ao longo do presente ano, os aposentados terão uma luta árdua na defesa do seu poder aquisitivo (renda das aposentadorias e pensões) e pela defesa intransigente dos direitos previdenciários.
O Governo continuará alegando que é preciso reduzir os gastos com a Previdência Social para não inviabilizar o sistema. Entretanto, essa alegação não é verdadeira. A Previdência sempre teve dinheiro, porém esse dinheiro é desviado pela União para o pagamento dos juros da dívida pública.