A porcentagem dos investimentos de fundos de pensão do Brasil em ativos no exterior aumentou 0,14 ponto percentual no ano passado e chegou a R$ 1,8 bilhão. As informações são da Previc, a agência responsável por regulamentar o setor.
São 85 os fundos que possuem investimento fora. O Valia, dos funcionários da Vale, tem 5% de seus recursos em renda variável no exterior. No ano passado, por conta da desvalorização cambial, o rendimento desse montante foi de 51%, afirma Mauricio Wanderley, diretor de finanças da entidade.
Para os fundos é interessante investir fora porque “traz uma proteção natural, especialmente quando os juros forem reduzidos”, afirma Wanderley, que também é presidente da Abratt, associação das entidades de previdência complementar.
A Funcesp, de funcionários da Cesp, tem 2% de seus recursos em ações fora do país. “Tiramos de renda variável daqui, porque não compensava, e aplicamos lá fora”, diz o presidente, Jorge Simino.
NÚMEROS
85 fundos têm aplicações em outros países
3,05% das carteiras é o quanto esses fundos destinam ao estrangeiro
0,26% de tudo que os fundos de pensão possuem está no estrangeiro
R$ 1,8 bilhão de recursos
10% é o limite do patrimônio de um fundo que pode ser investido fora do país
9,19% é máximo que um deles têm no estrangeiro
Fonte: Previc”
Publicado na Folha de S. Paulo de 02/02/2016