Com diversas matérias circulando nos meios de comunicação e com as várias investidas da Eletrobras nas Fundações, desde que foi privatizada, agora é a vez da famigerada otimização dos Fundos de Pensão, ou seja, querem unificar todas as nossas Fundações, com a intenção de colocar a mão nos nossos R$ 40bi, o que se tornou objeto de desejo de muitos investidores, bancos e especuladores.
Temos entidades que foram criadas há mais de 50 anos, com suas peculiaridades e histórias, o que se reflete em seus Regulamentos e Estatutos, traduzindo uma relação de parceria e confiança. Isso não se consegue apenas porque se comprou uma parte minoritária da empresa e que por um processo esdruxulo, tornou o absurdo uma regra, como neste caso.
Deixando a profundidade de lado, como diria o cantor, em uma análise bem rasa, nota-se algumas inconsistências nesse processo, haja vista, este assunto ser de interesse de todos e digo TODOS: participantes, Assistidos, Associações, Entidades Sindicais, Stakholders, etc.
Vejamos os fatos:
A empresa escreve na mídia sobre a implementação ”da parceria com transparência nos debates”, no entanto, até o presente momento, não houve qualquer transparência, respeito ou mesmo dignidade na forma como este processo vem sendo tratado por ela. Não recebemos informações precisas, cálculos que confirmem essa teoria de ganho para os participantes e assistidos, ou mesmo, qualquer prova de que os custos serão racionalizados – é o equivale a dar um cheque em branco a alguém completamente desconhecido e que, para piorar, conforme demonstrou a grande mídia, teve seu processo de aquisição empresarial questionado pela justiça por práticas ilegais, o que por si só, já a desabona como pretensão de parceria.
Nossos Conselheiros foram impedidos de trazer o assunto aos interessados, porque a Patrocinadora o definiu como confidencial! O que pode ser confidencial para quem aportou o suor de toda sua vida laboral em um fundo de pensão e o transformou no que ele é hoje?
A quem interessa essa instabilidade que se gerou nos meios previdenciários? Certamente não às nossas Fundações e muito menos à nós mesmos, detentores do montante ao qual eles querem se apropriar.
Entendemos que mudanças e atualizações são pertinentes ao processo, mas essas, obrigatoriamente, devem passar por nosso crivo e contribuições, afinal somos os principais mantenedores e interessados.
Chamamos a atenção também para o fato de que eles, a princípio, escolheram a Elos para receber os novos empregados do grupo Eletrobrás, mas todos sabemos que isso é a ponta do iceberg, haja vista o interesse da empresa em criar uma nova Fundação, ou seja, a Elos só servirá de trampolim para a cartada final e quando acordarmos, já não seremos donos de nada!
Precisamos estar atentos para cada passo dessa jornada, afinal estamos falando de vidas, as nossas vidas!
Todas as entidades congregadas no interesse dos participantes, aposentados e pensionistas (AAPE, APROSUL e Intersul), estão lutando incansavelmente para que nossos direitos sejam preservados e a correspondência abaixo, mostra todo nosso empenho.